5 ideias para nunca parar de aprender

Se tens uma curiosidade que não se esgota no primeiro separador do Google, se acreditas que conhecer a gastronomia de outros países te faz crescer mais do que comparar reviews do Zomato, e se mais facilmente perdes a noção do tempo a conversar com alguém do que a tirar selfies, este artigo é para ti. Se não sabes do que estou a falar, continua a ler. Vou partilhar contigo 5 ideias simples e dicas práticas para que nunca pares de aprender.

1. Aprender é uma maratona

Imagina-te em casa, numa quarta-feira à noite, em Novembro, com chuva lá fora. Tens vontade de sair para correr? E se tiveres um amigo à espera para ir contigo? A investigação tem demonstrado o efeito da pressão social no cumprimento de objetivos pessoais e profissionais, por isso, se queres progredir na tua aprendizagem, escolhe um colega com quem te identifiques para ser o teu “parceiro de aprendizagem”. Partilhem os vossos objetivos e planos de ação (o que querem aprender, em que áreas querem evoluir e como pretendem lá chegar) e definam uma “rotina de treino” - marquem um encontro, um email ou um sms todas as semanas para partilhar a vossa evolução: Que progressos fizeram face aos objetivos? O que experimentaram e o que aprenderam? Qual o foco de cada um para a próxima semana? Ter alguém com quem partilhar pequenas conquistas, dúvidas e medos vai ajudar-te a manter o foco e a motivação.

2. Não se estuda só para os exames

Na faculdade, a aprendizagem tende a ser enquadrada pela estrutura das disciplinas e dos cursos - não só sabemos o que ler e onde procurar informação, como temos um ritmo pré-definido que determina os momentos de compreensão, revisão, avaliação e descanso. A má notícia é que, no mundo de trabalho, essa estrutura não existe. A boa notícia é que podes construí-la. Começa por garantir que todos os meses dedicas algum tempo para investigar e aprofundar conhecimento dentro dos temas que te interessam. Ao fim de três meses já terás uma boa noção de quais são as principais referências (jornais, sites, autores) na área, e nessa altura podes definir uma forma de os acompanhar mais regularmente (por exemplo, subscrever newsletters, seguir páginas no instagram) para estares permanentemente a par das novas ideias, desenvolvimentos e tendências do mercado. Por fim, sempre que encontrares um projeto, um livro ou uma conferência que possa interessar aos teus colegas, envia-lhes a informação e incentiva-os a fazer o mesmo, para que a partilha de conhecimento seja uma rotina regular na vossa equipa.

3. Toda a gente tem algo a ensinar

Cada uma das pessoas com quem trabalhas tem uma história. Cada uma dessas histórias é feita de experiências que não viveste, opiniões que não formaste, pessoas que não conheceste, sítios que nunca visitaste. Já imaginaste o que podes aprender com cada uma delas? Tenta almoçar regularmente com pessoas de outros departamentos ou elementos da tua equipa com quem tenhas uma relação menos próxima. Explora quem são, de onde vêm e para onde querem ir, o que mais as influenciou, o que as move… Percebe qual é o seu enquadramento na empresa, que oportunidades de melhoria existem nas suas áreas, como o teu trabalho está relacionado com o delas, e como podem criar sinergias. E quanto às pessoas que já conheces bem ou com quem trabalhas de forma mais próxima no dia-a-dia… Desafia-te a descobrir mais! Marca um almoço surpresa em que cada um prepara o seu prato preferido (sem dizer ao outro qual é), e à hora da refeição troquem os pratos. Procura perceber como a pessoa que convidaste aprendeu a fazer aquele prato, porque é o seu preferido, que memórias lhe traz... Vais perceber que mesmo as pessoas mais próximas te podem surpreender e ensinar algo novo.

4. Para aprender é preciso errar

Se estivesses numa entrevista e te perguntassem qual foi o último grande erro que cometeste, o que responderias? E se te perguntassem como lidaste com ele? Se nunca pensaste sobre isto, estás perante uma oportunidade de melhorar o teu processo de aprendizagem. Da próxima vez que cometeres um erro (sim, vai acontecer...), experimenta seguir estes três passos: 1) Analisa friamente a situação, o que correu menos bem e o que podias ter feito diferente; 2) Identifica ações que podes implementar no futuro para prevenir uma situação semelhante, e 3) Constrói um mini-estudo de caso, em que expliques brevemente qual era o desafio, que respostas foram dadas, quais os erros cometidos, quais as suas causas e qual o plano de ação para os prevenir, e partilha-o com a tua equipa, para que todos possam aprender e evitar erros semelhantes.

5. A avaliação é importante

Com que frequência pedes às pessoas com quem trabalhas que avaliem o teu desempenho? Se todos os dias tens prazos para cumprir, emergências para resolver, clientes a quem dar resposta (quem é que não tem?), é natural que vás adiando esse momento até às reuniões anuais de avaliação (se existirem). Experimenta fazer diferente: uma vez por mês, pede feedback aos teus colegas e à tua chefia. Ouve atentamente, coloca questões e regista o que te disserem para poderes analisar mais tarde. Revê esse feedback face à tua auto-avaliação e face ao teu plano de desenvolvimento: A tua evolução está a ser percepcionada pelos outros? O que precisas ainda de trabalhar? Integra os comentários e sugestões de forma construtiva na tua atuação, e a cada conquista não te esqueças de reconhecer as pessoas a quem pediste feedback, partilhando com elas o impacto que tiveram no teu desenvolvimento.

Agora é contigo! Todos os dias, e em cada momento, podes ir mais longe, saber mais, perceber melhor. O que vais fazer para que isso aconteça?

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